sábado, 13 de julho de 2024

Modern Witch Tarot

 The Modern Witch Tarot ou Tarô da Bruxa Moderna, ilustrado por Lisa Sterle, pelas Editoras Liminal 11, Sterling Ethos e Urânia, é um Tarô mais feminista do que pagão ou para bruxas modernas, como se diz o próprio nome. 










Ele inclui imagens de mulheres diversas, mas nenhum Arquétipo masculino. Ele foi feito para bruxas que precisam usar o tarô junto com a prática da Wicca, mas na Wicca, na Bruxaria e no caminho pagão, as energias masculinas e femininas precisam estar equilibradas, e no Tarô não seria diferente. Apesar disso tudo, ele inclui imagens de várias mulheres, seja negras, lésbicas, comuns, fora do padrão estético, mais velhas e mais jovens...





Eu estou postando este tarô a pedido de algumas pessoas que estavam esperando desde 2021, mas na verdade eu não tenho, não terei e não achei este deck de tarô realmente ideal para bruxas ou tarólogos que entendem de Tarô. Entendo a proposta dele mas não concordo em tudo. 






Confira o Tarô Completo abaixo:


































































































Uma coisa que me incomoda muito neste tarô é a ausência de imagens Arquetípicas masculinas tradicionais do tarô, pois para quem entende o mínimo do simbolismo do tarô, sabe que o equilíbrio entre o masculino e o feminino nunca deve ser ignorado nas cartas, e mesmo sendo um tarô wiccano com viés feminista, é necessário levar em consideração cada arcano e suas representações durante a jornada ou interpretação, seja na imagem da carta ou no significado oracular. Eu não sei se foi por birra, fanatismo, extremismo ou frustrações pessoais da artista que teve essa ideia de excluir todos os personagens masculinos desse tarô, ou apenas vontade de incluir só mulheres no tarô, mas isso acaba atrapalhando até mesmo nós bruxos e pagãos, que praticamos a espiritualidade e sabemos que as energias masculinas e femininas são igualmente importantes, tanto no plano psicólogo como no emocional e espiritual. Portanto, eu não compraria nem usaria este tarô, pois até o baralho mais gay e mais Queer que possa existir feito por homossexuais, tem a presença das Rainhas e da Imperatriz nas cartas, representadas por mulheres, e não por homens. Então ele perde um pouco do brilho e da magia quando é feito dessa forma tão literalmente feminista, como se os homens fossem proibidos e dispensáveis no mundo ou como se o tarô fosse um instrumento de protesto político e social contra o patriarcado.


 Fora isso, adorei algumas cartas, principalmente O Mago (ou A Maga), que foi bem representada e de forma que abrace a diversidade étnica e racial. Eu adoro tarôs que tem mulheres poderosas e fortes, mas desde que mantenha os homens representando suas respectivas características nos Arcanos que podem representá-los, independente da escolha religiosa ou afetiva que cada um pode demonstrar na carta em questão.









Espero que entendam a importância de manter o simbolismo do tarô, sem transformá-lo numa guerra dos sexos ou religiosa. Por mais que possa incomodar certas mulheres, é necessário manter as imagens Arquetípicas masculinas dentro do tarô, especialmente Imperador e os Reis, mesmo que a personalidade de uma mulher possa ser interpretada como a de um Rei ou Imperador, mas as imagens precisam estar alinhadas e equilibradas dentro desse sistema Oracular. Tudo é questão de equilíbrio, bom senso e entendimento simbólico e oracular do Tarô. 






Espero ter sido claro o suficiente e espero mais ainda que não transformem o Tarô numa forma de segregação racial, sexual, de gênero ou religiosa como tantas pessoas vem fazendo com outras coisas por aí. O tarô acompanha o tempo, pois enquanto existir humanidade, sempre haverá arquétipos e personalidades diferentes que poderão ser usadas no tarô. 

Obrigado e até a próxima!!!


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