terça-feira, 12 de setembro de 2023

Visconti Sforza Pierpont Morgan Bergamo Tarot

 Há quase 600 anos, o baralho foi encomendado por Filippo Maria Visconti, Duque de Milão, e seu genro, Francesco Sforza. 





Foram desenhadas à mão em homenagem a eventos importantes na vida dos governantes milaneses do século XV. Tais cartas eram impressas em papelão prensado; uma fina camada de gesso (técnica especial) foi aplicada a elas. Então elas eram folheadas a ouro e prata, e então pintados com têmpera, uma tinta especial. O nome do tarô Visconti-Sforza também é usado para cartas dispersas. Elas estão localizadas em vários museus e bibliotecas, em várias partes do mundo. A maioria desses baralhos atualmente tem apenas uma ou duas cartas. No total, existem atualmente mais de duzentas e setenta dessas cartas. Elas são divididas por aparência, tamanho e outros detalhes. Como resultado, elas são condicionalmente divididas em 15 grupos. O maior desses grupos inclui os três baralhos mais famosos e completos do tarô Visconti-Sforza.





O primeiro é o baralho Pierpont Morgan Bergamo de Visconti-Sforza. Ele também é conhecido como baralho Colleoni-Baglioni e Francesco Sforza. Quatro das 78 cartas estão ausentes: "O diabo", "A torre", "Valete de ouros" e "Três de espadas". Trinta e cinco cartas desse baralho são conservadas na Biblioteca e Museu Morgan em Nova Iorque. Outras 26 cartas estão guardadas na Accademia Carrara, e 13 cartas compõe a coleção particular da família Colleoni, em Bérgamo. Essas cartas têm fundo dourado para imagens e ornamentos florais para o restante das cartas. Infelizmente, as cartas não são numeradas nem assinadas.
No entanto, acredita-se que o baralho foi encomendado ao artista no dia da coroação de Francesco Sforza, em 1450. Ou no dia de comemoração dos dez anos de casamento de Francesco e Bianca Maria Visconti, em 1451. 



O segundo baralho é chamado de tarô Cary-Yale de Visconti-Sforza, também conhecido como coleção Visconti di Modrone. Seu nome vem da coleção da família Cary, e está sob os cuidados da Biblioteca da Universidade de Yale desde 1967. O baralho data de cerca de 1466, contendo 67 cartas. Presumivelmente, poderia ser um presente de casamento do terceiro duque de Milão, Filippo Maria Visconti, com Maria de Saboia.



 O terceiro baralho é chamado de Brera-Brambilla de Visconti-Sforza, tendo sido nomeado em homenagem a Giovanni Brambilla, que comprou o baralho em Veneza em 1900. Essas cartas estão exibidas na galeria Brera, em Milão, desde 1971. Inclui 48 cartas, todas com um fundo dourado. Outros grupos têm ainda menos cartas. Há suposições de que os pequenos grupos restantes não são os restantes de baralhos completos, mas materiais que os artistas distribuíram, como amostras, para seus clientes. 





No século XX, os baralhos Pierpont Morgan Bergamo e Cary-Yale foram publicados em várias edições de reimpressão. As cartas desaparecidas das coleções originais dos baralhos foram criadas por artistas modernos.






Nesta postagem, temos o baralho Pierpont Morgan Bergamo de Visconti-Sforza, redesenhadas, com as cartas faltantes recriadas como uma pintura, mais nítida e feita para imprimir ou salvar na sua galeria. 






































Como repararam, há diversas versões das Cartas O Diabo e A Torre para o Tarô Visconti Sforza, e esta aqui foi de escolha pessoal. Se quiser conferir mais versões, sugiro consultar na lista de postagens sobre o baralho Visconti Sforza e Visconti-Sforza aqui no blog ou visitar meu Pinterest através do link lá em cima.















































































Para finalizar, vou publicar algumas versões das cartas O Diabo e A Torre para que vocês possam conhecer, e a partir disso, continuar a pesquisa sobre o Tarô Visconti Sforza, que tanto causa fascínio nas pessoas. Acredito que com isso eu possa contribuir para que mais pessoas conheçam a história do Tarô e que possam ter consigo as cartas impressas para consultar e guardar com carinho e cuidado. 














De todos os baralhos de Tarôs no mundo, este merece o respeito e a consideração de quem estuda, coleciona e interpreta as cartas, pois além de ser o primeiro tarô da História, mantém a tradição e não mistura nenhum simbolismo excessivo e detalhes irrelevantes que tanta gente insiste hoje em manter nas cartas, como o cão na carta O Louco e A Lua, conceitos sobre Cabala e conceitos bíblicos e cristãos que tiram a magia e a originalidade do Tarô. Eu não sei quanto a você, mas na minha opinião, o Tarô foi feito numa época de fanatismo e dominância cristã, para servir de fuga desse sistema que tanto aprisionou muitas pessoas, e por isso, não deve ser encarado como um instrumento religioso, mas sim, espiritual, que engloba diversas mitologias do mundo todo. Hoje temos vários decks voltados para diversas filosofias, religiões e mitologias, e isso é muito bom.  Mas não se esqueçam que tarô não é cabala, não é religião e não é apenas um baralho comum com fotos de animais domésticos. É muito mais do que isso, e deve conter apenas aquilo que for relevante para uma consulta e meditação, de resto são apenas cartas para colecionar e brincar. Eu posto no blog todo tipo de tarô, desde os que fazem jus ao que acabei de explicar até os mais estranhamente bizarros e que fogem totalmente da proposta, pois acredito que todos devam escolher os desenhos que mais gostam e que se sentem mais á vontade. Mas nunca se esqueçam que tudo isso se originou daqui, das cartas de Visconti-Sforza, e que alguns detalhes desnecessários do Marselha ou Rider Waite Smith servem apenas para agradar esteticamente e de forma arbitrária quem o produziu ou desenhou. Sou a favor de mudanças e renovação, desde que mantenha o significado e os símbolos tradicionais e se atenha apenas ao que o próprio significado da carta transmite, de acordo com o tipo de questão, o jogo usado e de forma simbólica e arquetípica, evitando às vezes, a literalidade e a obviedade de um desenho bonitinho. 


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