Osho Zen é um tarô contemporâneo que foi criado a partir dos ensinamentos deixados pelo líder espiritual indiano Osho Rajneesh.
Osho Rajneesh (1931-1990), nasceu na Índia, formou-se em filosofia e lecionou nesta área, tornando-se conhecido mundialmente pelos seus ensinamentos espirituais que desafiavam diversas ideologias tradicionais e doutrinas vigentes na sociedade.
O conjunto das imagens contemporâneas retratadas nas cartas do Tarô Zen substituem os elementos medievais presentes nos tarôs tradicionais, como o de Marselha, e permitem ao leitor um direta conexão com a filosofia transcendental do Zen. Tratam-se de desenhos que contém uma rica simbologia cujo significado pode ser facilmente identificado após as primeiras experiências com o baralho.
São recorrentes, nas cartas, referências visuais que remetem a Buda, retratado como um ser iluminado; a indivíduos em postura de meditação; ao símbolo do equilíbrio do princípio feminino e masculino, yin-yang; à perfeição da flor de lótus; aos sete chakras; às forças da natureza (à Lua, ao Sol, aos animais) e aos 4 elementos, entre outras tantas.
O Baralho Zen, baseado no legado de Osho, segue a estrutura do tarô tradicional, porém adiciona uma carta às 22 denominadas arcanos maiores: a carta O Mestre (sem número), que simboliza a transcendência do individuo após ter trilhado todo o caminho da viagem iniciática, marcando a dissolução final do “eu” no oceano da consciência cósmica.
Nos arcanos menores (56 cartas) os naipes de Paus, Copas, Espadas e Ouros foram traduzidos no Tarô Osho Zen por Fogo, Água, Nuvens e Arco-Íris, respectivamente. Estes são representados nas cartas por diamantes de cores diferenciadas: as cartas do elemento fogo possuem um diamante na cor vermelha, as de água um diamante azul, as de nuvens um diamante cinza e as de arco-íris um diamante multicolorido. Embora esta configuração se diferencie com relação a dos tarôs tradicionais, ela igualmente representa os 4 aspectos que devem ser trabalhados pelo indivíduo.
Fogo (Paus): representa a esfera da ação, do movimento, da energia vital que nos move e nos permite ser criativos.
Água (Copas): corresponde à esfera das emoções, de um tipo de energia mais receptiva e mais feminina (Yin) do que a do fogo (Yang). Diz respeito igualmente à intuição e à voz do coração.
Nuvens (Espadas): simboliza o mental, o pensamento, a capacidade de comunicação e de compreensão. É representado pelas “nuvens” uma vez que, na visão zen, o mental muitas vezes pode vir a obscurecer a luz, a tornar nebulosa uma situação que deveria ser resolvida a partir do coração e não apenas com a razão.
Arco-Íris (Ouros): corresponde ao elemento terra e evoca os aspectos prático e material da vida. Por estar embasado na filosofia zen, também evoca a união da terra com o céu – representada pelo arco-íris –, a integração do corpo com a alma e o equilíbrio dos opostos.
A própria forma de interpretação das cartas pode ser feita de maneira intuitiva, a partir das primeiras sensações evocadas pelas imagens. É claro que ter em mente o significado das simbologias contidas nas cartas e conhecer a sua estruturação – os passos que compõe a viagem iniciática nos arcanos maiores, bem como os elementos representados em cada um dos naipes dos arcanos menores – facilita e enriquece significativamente o jogo.
Independente da técnica ou do instrumento interpretativo utilizados, o jogo do Tarô Osho Zen, pode ser visto como um apelo para o despertar, para sintonizar-se com a sensibilidade e a intuição, incitando a coragem e a individualidade.
E a mensagem final que resta, seja qual for a tiragem, é a de que a vida deve ser vivida aqui e agora, como uma grande aventura ou como uma dança para ser dançada com o coração, com a leveza, espontaneidade e alegria de uma criança – aliada à experiência e à maturidade de um adulto. Esse é o caminho para nos tornarmos seres mais íntegros e luminosos.
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